ROCHA
Tinha nela uma presença de consistência atemporal. Ou eterna.
Agigantada, pétrea.
Impossível desbastar, impossível desbastar!
Era apoio para amarrar os sapatos, ou mesmo limpar os pés.
Fazia sombra. Podia ser recostada.
Em sua superfície de aparência carbônica, tomava impulsos para meus vôos.
E repisava suas reentrâncias em meus pousos de emergência, agredindo, por vezes, a fauna local.
Mas tudo vira pó.
Uma explosão, a radiação, o vento, o terremoto - um dia chega.
Quando fui ver, não estava mais.
26.8.05
13.8.05
COISAS
Há coisas que aborrecem.
Há coisas que chateiam.
Há que coisas que fazem perder a calma.
Há coisas que fazem perder o controle.
Há coisas que fazem pensar que o esforço em mantê-las não vale a pena.
Há coisas que desanimam.
Há coisas que entristecem.
Há coisas que não têm graça.
E há as coisas que arrasam.
As coisas que derrubam.
As coisas que fazem tremer a alma.
As coisas que fazem perder o sentido.
As coisas que fazem pensar que todo esforço para evitá-las teria sido pequeno.
As coisas que paralisam.
As coisas que deprimem.
As coisas que não passam.
E que não têm perdão.
Há coisas que aborrecem.
Há coisas que chateiam.
Há que coisas que fazem perder a calma.
Há coisas que fazem perder o controle.
Há coisas que fazem pensar que o esforço em mantê-las não vale a pena.
Há coisas que desanimam.
Há coisas que entristecem.
Há coisas que não têm graça.
E há as coisas que arrasam.
As coisas que derrubam.
As coisas que fazem tremer a alma.
As coisas que fazem perder o sentido.
As coisas que fazem pensar que todo esforço para evitá-las teria sido pequeno.
As coisas que paralisam.
As coisas que deprimem.
As coisas que não passam.
E que não têm perdão.
4.8.05
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