19.7.10

HOJE

Hoje o dia amanheceu cinza, como é pouco usual.

Hoje nenhuma surpresa, nenhum afeto que baste; tudo como qualquer dia em vão.

Estranho como eu também mudei: hoje não senti nada. Agradeço, ainda sim, mas sem razão. Enfim, pelos cacos que me deste, obrigado.

Hoje, nem sombra de outrora, da intensidade pueril, da ilusão de parar o tempo.

Hoje não há intensidade, mas angústia. Nem ansiedade, mas medo incontido.

Hoje nem frio, nem quente.

Pior, estou morno.