10.1.06

DIABETES

Uma diabetes na alma.
Um couro que não cicatriza, que não esquece. Que não cria calos, os bolsões de esquecimento.
Um sangramento, em ferida aberta constante, como se o corpo não se defendesse mais. Como se houvesse desistido, justo agora. Ou como se não merecesse mais nada, justo agora.
A dor da solidão era menos cortante.

Nenhum comentário: