SONETO
Por quantas falas te fizeste surda
Por quantas vilas te fizeste coxa
Por quantos homens te fizeste sexo
Por quantos temas te fizeste muda
Por tanto medo te fizeste nula
Por tanto açoite te fizeste sonsa
Por tanto efeito te fizeste nexo
Por tantas noites te fizeste puta
Por tantas dores escolheste o ódio
Por ser somente te fizeste muita
Por ser veloz tu te fizeste lenta
Por teu rancor sobrou-te este fim mórbido
Que tua descendência não assusta
Na flor da idade já morreste seca
14.8.08
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário