22.2.06

ÁRIDO

Um caminho árido, um trabalho árduo
só sorrisos secos, sem molho
não é pra mim, é pra quem puder
Quisera um cotidiano sábio
uma propriedade macia, um joio
pra misturar o trigo de nunca saber
da missa a metade do sentido
e resplandecer de sol a ignorância
santa como a acalentada sapiência
de uma garrafa do mais velho vinho
sorvido não pela sede, mas pela ânsia
em nome da vida, não da vivência

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