22.2.06

VERDADE

A verdade não é senhora sequer de si, pois perece ante à soberania do espaço e do tempo, implacáveis.
Na vivência cotidiana, porém, o pensar, já fascinado pela deusa veritas, reduz o espaço vivido à conveniência de "extensão mensurável", na qual os entes (e o próprio homem) estão dispostos, ou seja, o lugar em que repousam seus corpos.
O tempo, possivelmente mais estranho em sua manifestação, por trazer consigo a inevitabilidade do fim, esta mesma cotidianidade transforma em um momento "quando", cujo caráter mais complacente é a tangibilidade propiciada por sua disposição objetivante em relógios, calendários e afins.

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