8.7.04

ELEFANTES

Um elefante no fundo do quintal nunca esteve lá. Arrepia até a última corcova da minha espinha. Elefante não tem expressão, parece fantasma. Não quer parecer ninguém.
Na cozinha tem verdura, ração pra coelho. Elefante vai comer na minha mão. Assim me refestelo no susto, faço uma história que dá pra entender.
Aproximando, olhando o bicho, à direita da cerca. Ela, tão pequena perto dele. Ração vai alimentá-lo, ele vai embora. Ou vou eu, não sei mais.
Outro elefante apareceu. Agora sim um susto de verdade. Não vou fazer mais nada. Quem mandou?
Vou esperar no quarto que eles venham me pegar.

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