26.8.04

PODER

Dia de chuva, festa no inferno.
À noite vão se espalhar todos os poderes de hierarquias e assinaturas. Poderes que impondo deveres. Poderes que fazem lá pra mim. Traz um copo de água que me aleijei e não posso andar até o bebedouro. Acumulam-se humilhações que merecem, mas não ousam represália.
Eu jogo o jogo de fora, gandula das orgias do poder. Cato as bolas-fora nas raias do afeto.
Então prefiro uma e outra.
Porque o sentimento pode não decidir nada na ponta de uma caneta, mas é de uma verdade e um saber que o mais dotado intelectual se ajoelharia. E invejaria.

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