MUNDO DA VIDA
De volta ao mundo da vida, após ligeiro exílio nesta longa e chuvosa sexta-feira de outono austral.
A mãe ainda é jovem, mas quase deixa de parecer. Não pode segurar a mão de todas as crianças para atravessar. A avó (ou seria apenas uma amiga mais velha da mãe?), estranhamente, não ajuda. Os pés me voltam à mente, junto com aquele texto que escrevi há muito tempo. Há feira ainda no mesmo lugar.
A garoa aperta. Dará tempo?
Por um instante, não importa. A rua agora parece calma, até distante, apesar do vaivém. A chuva umedece o asfalto, dando sensação boa: talvez um cheiro (ah, se eu pudesse sabê-lo...)
O inesperado só me atinge no mundo da vida, na rua. É lá que tudo acontece, no correr do sangue do existir público, pelas veias e artérias dessa malha urbana.
24.4.09
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